Por que as pessoas não fazem o que deveriam fazer?

Uma das coisas que mais me intrigou nesses 30 anos de cooperativismo financeiro é: como fazer tempestivamente o que precisa ser feito, e inspirar a equipe para tal. Identificar as causas e orientar as tratativas fazem toda a diferença, tanto para nós mesmos quanto para nossos liderados.

E, claro, uma das questões mais relevantes na liderança é dar o exemplo. Por isso, esse artigo tem parte 1 e parte 2.

Na parte 1, vamos olhar para nós mesmos, para nossas decisões e seus impactos no dia-a-dia. Afinal, reconhecer que algo pode ser melhorado (não só nos outros, mas em nossa própria rotina) é o primeiro passo para a evolução pessoal e profissional!

Geralmente sabemos exatamente o que precisamos fazer, mas, ainda assim, não conseguimos. Seja um projeto importante, a busca por uma certificação, a organização das finanças ou até mesmo hábitos saudáveis, muitas vezes nos vemos presos na inércia.

Mas por quê?

No livro Equilíbrio e Resultado, Christian Barbosa apresenta algumas razões que explicam esse comportamento. Vamos refletir sobre elas e, mais importante, encontrar soluções para agir de forma estratégica e eficaz.

1. Uso inadequado do tempo

Tempo não é apenas sobre quantidade, mas sobre qualidade. Muitas pessoas gastam energia em tarefas urgentes, mas não importantes, e deixam de lado atividades que realmente fazem a diferença.

Dica: Organize sua rotina com foco no que traz resultados. Use métodos como a matriz de prioridades (Eisenhower) ou o planejamento semanal para garantir que o essencial não seja negligenciado.

2. Falta de conhecimento

Às vezes, não agimos porque simplesmente não sabemos como começar. A falta de informação gera insegurança e leva à paralisia.

Dica: Busque aprendizado constante. Leia, faça cursos, peça orientação. O conhecimento reduz a incerteza e torna a execução mais natural. Mas atenção: não é qualquer conhecimento, tem que ser aquele que te leva aos teus objetivos. Qual conhecimento você deve priorizar na sua trilha profissional, considerando seus conhecimentos atuais e desafios?

3. Falta de foco

Vivemos na era da distração. Redes sociais, notificações, reuniões improdutivas… Tudo compete pela nossa atenção, dificultando o avanço em tarefas estratégicas.

Dica: Defina blocos de tempo para atividades essenciais, elimine distrações e pratique o “deep work” (trabalho profundo), focando em uma coisa de cada vez. Também utilize a lei de Pareto, focando 80% de seu tempo no que realmente importa.

4. Medo

O medo do fracasso, do julgamento ou da mudança pode nos impedir de agir. Ficamos presos no “e se der errado?” e deixamos de testar nossas possibilidades. Ou talvez seria um inconsciente sabotador dizendo que se der certo haverá muito trabalho para mudar…

Dica: Mude a mentalidade. Encare erros como aprendizado e lembre-se de que o maior risco é não tentar. As grandes vitórias não são de quem nunca erra, mas daqueles que não desistem até acertar (dica 2: conhecimento, direcionamento e estratégia reduzem o tempo de execução).

5. Não perceber a relevância

Se não enxergamos o impacto real de uma tarefa, é fácil adiá-la indefinidamente. Muitas vezes, fazemos apenas o que é imposto, sem conectar isso a um propósito maior.

Dica: Pergunte-se: por que isso é importante para mim? Relacione cada ação ao seu crescimento pessoal ou profissional para aumentar a motivação. Entenda causa e consequência e o motivo daquela tarefa existir. Pode ser também que você perceba que ela realmente não faça mais sentido e deva ser alterada ou eliminada.

6. Falta de energia

Corpo e mente cansados reduzem nossa produtividade. Má alimentação, sono insuficiente e excesso de preocupações drenam a energia necessária para agir.

Dica: Cuide da sua saúde. Pequenas mudanças na rotina, como melhorar a alimentação, se exercitar e dormir bem, fazem uma grande diferença na disposição e no desempenho. Além de melhorar a energia, podem ser excelentes treinos para disciplina e foco.

7. Autossabotagem

Muitas vezes, criamos obstáculos para nós mesmos. Nos convencemos de que “não temos tempo”, ou “não vale a pena tentar”. Essa autossabotagem também é conhecida por “síndrome do impostor”, quando a pessoa acredita que não é boa o suficiente, mesmo que tenha todos os requisitos para realizar um excelente trabalho.

Dica: Observe seus padrões de pensamento. Se questione: essa crença me ajuda ou me limita? Troque a dúvida pela ação e a inércia pela construção proativa de novas ideias com execução e resultados.

Conclusão: seja estratégico, foque no que traz resultados

Para superar esses bloqueios, é essencial assumir o controle do próprio tempo e das próprias escolhas. Planeje, aprenda, elimine distrações, enfrente o medo e conecte cada ação ao seu propósito.

O que você pode fazer HOJE para transformar sua rotina em uma jornada de realizações?

Compartilhe nos comentários o que mais te impede de agir e como você tem lidado com isso!

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